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Naquela manhã eu saí de casa com pressa. Vesti a primeira blusa, a primeira calça que vi. Não foi uma boa escolha. Afinal, o meu trabalho exige roupas sóbrias, sem marcar demais meu corpo. Mas como era sexta-feira eu poderia me dar esse desconto.
Vesti um jeans normal e uma blusa mais justinha ao corpo. Sim, uma roupa comum, mas para uma mulher de cintura fina e bumbum grande isso a deixa bem sensual.
Algumas coisas só podem ter explicação se usarmos os artifícios de chamá-las de ‘destino’. Foi isso: aquele jeans e blusa foi coisa do destino.
No final da tarde, depois de um dia cansativo de trabalho, eu estava no elevador e ele entrou. Minhas amigas diriam ‘o cara é pegável’. E era mesmo. Um moreno, dos braços fortes e ao mesmo tempo discreto. Subimos juntos no elevador sem dizermos uma palavra, mas eu sabia que ele queria reparar melhor em mim, eu, por estar numa posição privilegiada, pude reparar melhor nele dentro do elevador.
Gostei quando ele apertou o mesmo andar que o meu. Engraçado, já faz 4 meses que moro aqui e nunca o vi, pensei.
Quando o elevador parou, ele me deixou ir a frente. Um cavalheiro, pensei, mas também pensei: ele quer olhar minha bunda!(e dei graças por eu estar com o jeans e a blusa justinha…)
Caminhamos pelo corredor até chegarmos as nossas devidas portas de casa. (Ele atrás eu na frente) E ele era meu vizinho mesmo, morava no apartamento ao lado.
– Você é, então, minha nova vizinha!
Ele estendeu sua mão eu sorri e estendi minha mão para ele. Um aperto de mão forte, adoro!
– Muito prazer, meu nome é Alexandre.
Ele disse isso olhando fixamente em meus olhos. Estremeci.
– Muito prazer, Lia.
E cada um abriu sua porta e entrou.
(Estou aqui pensando seriamente em ir lá pedir uma xícara de açucar. Açucar não, vou pedir mel, é mais sugestivo. )